Au revoir, deux mille dix-huit (2018)

Olá, companheiros e companheiras!

(aqui a equipe - que no caso sou eu -, é #LulaLivre taokei)

Há 21 dias, 2018 acabou e 2019 começou com tudo. Minhas preocupações foram tantas com o cenário político do país e o ano cheio que estava por vir, que não consegui tirar um tempo para me despedir do ano passado e organizar meus objetivos e prioridades. Eu sempre faço uma retrospectiva ou ao menos uma lista de resoluções, e mesmo com quase um mês de atraso, não gostaria de quebrar esta tradição logo agora.

{ au revoir, 2018! }

Que ano complicado, produtivo e revolucionário foi esse. Pouco me lembro dos primeiros meses, mas acredito que os passei entre casa e colégio, aproveitando o sossego que sempre me fez tão bem. Porém, lá pelo meio do ano, as coisas tomaram um rumo empolgante.

Consegui uma vaga de estágio que, em poucos meses, me fez crescer mais do que o esperado como pessoa. Fui obrigada a acolher mais responsabilidades do que jamais tive, e ao invés de ficar mais instável do que nunca, a rotina louca e atribulada me fez ver algum sentido nas coisas. Não que trabalhar seja o que faz de você, você, mas eu estava precisando daquilo naquele momento.

Com meu salário de trezentos reais (eu sei que não é muito, ok? mas sou feliz com pouco), consegui comprar meu óculos em dez prestações e, consequentemente, voltei a ler com frequência e até cumpri meu objetivo de ler no mínimo oito livros em 2018. Li só os oito mesmo e admito que gostaria de ter lido bem mais, mas já fico feliz em ter começado a retomar esse hábito e atingido uma meta. O troféu de favorito fica entre O cão dos Baskerville e Outros jeitos de usar a boca!

Também tive mais orçamento pra sair, e isso me possibilitou estreitar laços com muitas pessoas legais e visitar com frequência minha sorveteria favorita (eles têm milkshake de kiwi!). Pela primeira vez virei a noite num evento, e foi nessa noite que comecei a sentir algo mais profundo pela menina com quem eu estava saindo e que, hoje em dia, é minha namorada. Isso me levou a sair do armário pros meus pais, e a aceitação deles, apesar da dificuldade em compreender o conceito de bissexualidade, me fez sentir a filha mais amada e sortuda do mundo.

No meio de tudo isso, consegui manter o hábito de estudar com antecedência e garanti um boletim com média geral 9.0! Tirei 10 em duas matérias técnicas e só duas notas finais ficaram abaixo de 8.5.

Assisti mais séries que o normal e descobri que gosto muito de comédias bobinhas que envolvem filosofia (The Good Place merece mais reconhecimento e eu falo sério). Em compensação, não bati a meta de ver dez animes, mas por pouco: assisti nove e todos valeram a pena, principalmente Banana Fish.

Chorei, não posso negar. Chorei muito. Por precisar cortar gente tóxica da minha vida, por me sentir insuficiente, por pavor de assumir quem sou e me aceitar antes de exigir aceitação; chorei por medo de perder pessoas que amo e esse medo ainda tá aqui, num pedacinho do meu coração.

Mas também ri muito, fiquei bêbada pela primeira vez, visitei o planetário, beijei na boca, abracei meus pais, zoei meus irmãos, recebi apoio de pessoas que jamais imaginei que estariam ali, ao meu lado, e em ano nenhum me senti tão sortuda pela presença delas.

2018 pra mim foi ano de crescimento, de amadurecimento, de luta e de luto. Foi o ano em que eu soube o que é ter medo de andar nas ruas da minha própria cidade e que vi o melhor e o pior do ser humano, e com isso valorizei ainda mais a empatia e o conhecimento.

Pra finalizar, vamos à listinha de resoluções, da qual consegui cumprir 11/15:

1. Passar sem dependências pelo 4° semestre
2. E pelo 5° também 
3. Colocar tranças de linha (e ficar com elas)
4. Fazer pelo menos um cursinho no SENAC 
5. Escrever mais 
6. Ir ao oftalmologista
7. Parar de usar calmantes 
8. Seguir uma rotina saudável de alimentação 
9. Ler no mínimo 8 livros (08/08)
10. Assistir pelo menos 10 animes (09/10) 
11. Chegar na última temporada de Grey's Anatomy 
12. Me sentir feliz 
13. Participar de alguma atividade extracurricular 
14. Não fazer nenhuma progressiva 
15. Doar pelo menos um livro para a biblioteca municipal

{ salut, 2019! }

palavras: foco, saúde, equilíbrio e fé

• Ler ao menos 12 livros
• Concluir 1 ano de estágio
• Escrever com mais frequência
• Doar pelo menos 1 livro pra biblioteca municipal
• Fazer um trabalho voluntário/de caridade
• Passar pelo 6° semestre sem dependência
• E pelo 7° também
• Comprar um notebook novo
• Concluir metade do TCC
• Concluir o nível intermediário de inglês

Que esse ano seja cheio de conquistas e felicidade para todos, e que estejamos juntos na luta contínua que sabemos que ele também vai ser. 💕